Conheça 5 critérios para fazer escolhas profissionais

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Quando é chegada a hora de escolher a primeira profissão, mudar de carreira, trocar de emprego ou de cargo, ou ainda redirecionar a vida profissional ou reinserir-se no mercado de trabalho, muitas pessoas ficam em dúvida: que caminho seguir? Muitos jovens sentem-se completamente perdidos ao terminarem o terceirão, pois não entendem a importância de ter critérios para fazer escolhas profissionais.

Não é comum que durante o ensino médio os adolescentes tenham algum momento para falar sobre o futuro profissional dentro das escolas. A falta de intervenções com esse enfoque agrava a situação, pois não favorece que os jovens reflitam sobre as próprias características e opções de carreira.

É na adolescência que começa um período de transição, no qual começa a busca pela identidade profissional, sentida como uma necessidade pela sociedade, pela família e pelos próprios jovens, o que inclui a definição de uma escolha profissional.

Nesse momento é vivenciado o conflito entre perder a infância e vir a ser um adulto, uma vez que não se tem a autonomia do adulto, mas se exige atitudes mais maduras, como a necessidade de decidir sobre ‘o futuro’, a fim de garantir um percurso profissional satisfatório.

Autoconhecimento como base para as escolhas profissionais

Escolher um curso superior, um curso profissionalizante ou até mesmo um emprego implica em ter que entrar em contato consigo mesmo. O jovem precisará se deparar com suas características pessoais, tais como interesses, valores, aptidões, motivações e personalidade.

Esse processo de autoconhecimento propicia um certo desconforto para a pessoa, já que terá que se confrontar com a perspectiva de mudança e com o desconhecido a respeito de si e do mundo do trabalho.

A quantidade de informações disponíveis hoje em dia sobre as profissões pode ajudar, mas também pode atrapalhar, já que podemos nos perder no meio de tanta informaçãoMuitos jovens não sabem como proceder para fazer escolhas profissionais assertivas ou desenvolveram mecanismos de decisão ineficientes.

Por isso, é importante que o adolescente passe por um processo de orientação profissional com um psicólogo. O trabalho do orientador profissional visa promover o desenvolvimento de habilidades necessárias aos processos decisórios do orientando, tais como: categorização, hierarquização, comparação, avaliação e antecipação.

Para que o jovem possa tomar uma decisão autônoma, é importante que certos critérios sejam definidos durante a orientação profissional. Esses parâmetros irão formar a base da identidade vocacional-ocupacional do indivíduo. Conheça abaixo esses 5 critérios.

Ambiente de Trabalho

Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho interroga o orientando a responder onde quer trabalhar: em cidades grandes ou pequenas, na zona rural ou urbana, em hospitais, escolas, indústrias, hotéis, restaurantes, escritórios, laboratórios, home-office, teatros, academias, bancos, etc.

Pergunta também em que tipo de ambiente prefere trabalhar: interno, externo, calmo, agitado, formal, informal, competitivo, simples, sofisticado, ao ar livre, fechado, etc.

Objetos/Conteúdos de Trabalho

Objetos/Conteúdo de Trabalho

 Os objetos/conteúdo de trabalho dizem respeito ao com o que trabalhar: crianças, adultos, bebês, adolescentes, idosos, dinheiro, mapas, vestimentas, mobiliários, textos, gráficos, alimentos, saúde/doença, números, eletrônica, medicamentos, culinária, documentação, imagens/fotos, jornais/revistas, cosméticos, joias, plantações, metais, instrumentos musicais, esportes, idiomas, produtos químicos, filmes, contratos, etc.

Esses objetos estão vinculados a conteúdos de trabalho, tais como: matemática, legislação, economia, sociologia, literatura, história, psicologia, genética, geologia, física, estatística, etc.

 Atividades de Trabalho

Atividades de Trabalho

 As atividades de trabalho correspondem à pergunta fazendo o que e como: atividades manuais, intelectuais, científicas, artísticas, políticas, variadas, rotineiras, arriscadas, calmas, individuais, em equipe, analisar, criar, escrever, empreender, negociais, vender, liderar, pintar, cuidar, ensinar, plantar, programar, decorar, construir, organizar, planejar, dançar, entrevistar, ter liberdade de ação, tomar decisões, ser dirigido, resolver problemas, participar do avanço tecnológico, enfrentar desafios, etc.

 Rotina de Trabalho

Rotina de Trabalho

A rotina de trabalho se refere à quando e quanto trabalhar. Diz respeito ao ritmo (moderadamente, intensamente, o mínimo possível) e aos horários (flexível, fixo, regular, irregular, período integral, período parcial). Outras possibilidades incluem deslocamentos, viagens, à distância, presencial, com esforço físico, etc.

Retorno do Trabalho

Retornos do Trabalho

Os retornos do trabalho representam o porquê e para quê da escolha profissional, e responde à pergunta o que deseja obter com o trabalho. Podem ser: autonomia, acúmulo de bens, autossatisfação, cultura, prestígio, poder, justiça, responsabilidade social, liberdade, segurança, estabilidade financeira, respeito, aventura, ajudar as pessoas, status social, superação pessoal, sucesso, reconhecimento público, etc.

Qual a importância de definir critérios para a escolha profissional?

Definir critérios para as escolhas profissionais ajuda o jovem a entender o que gosta e valoriza, trabalhando seu autoconhecimento. Além disso, amplia a reflexão sobre suas expectativas em relação ao futuro profissional, ou seja, o que espera obter com a carreira.

Durante o trabalho de orientação, a definição dos critérios para escolhas profissionais serve também para a identificação de profissões ou ocupações relacionadas aos critérios. A escolha dos critérios guia a pesquisa sobre a realidade das profissões consideradas interessantes pelo jovem.

Isso porque além da falta de autoconhecimento, uma das barreiras para a escolha da profissão é a falta de conhecimento a respeito das profissões.  Apesar de acreditamos saber a respeito delas, muitas vezes esse conhecimento é fantasioso ou incompleto. Muitos adolescentes não sabem o que de fato faz um determinado profissional e como é sua rotina.

Esse desconhecimento se revela inclusive a respeito das profissões já escolhidas ou de interesse, especialmente quando se considera que as informações colhidas ao longo da vida sobre as profissões se baseiam em impressões vagas formadas por “ouvir dizer” ou por meio de filmes e séries, que tendem a romantizar a atuação dos profissionais.

Exemplo da falta de critério para escolhas profissionais

Por exemplo: é bastante comum o interesse no curso de Direito baseado no entendimento da profissão por meio de estereótipos televisivos em que advogados fazem discursos apaixonados nos tribunais.

O problema é que a maior parte do tempo do profissional é gasta com o estudo de precedentes jurídicos para sustentar as causas dos clientes. Além disso, a redação de petições e outros documentos que serão avaliados pelos juízes também ocupa boa parte da rotina.

Assim, embora possa haver idas ao tribunal, o formato do trabalho não é igual aos filmes e séries. A maior parte do trabalho é feita nos bastidores, exigindo boa capacidade argumentativa de escrita, além de disposição para a pesquisa em documentos escritos.

É por isso que o estabelecimento de critérios para escolhas profissionais durante a orientação é uma oportunidade para auxiliar o jovem em suas pesquisas sobre a realidade profissional, corrigindo, esclarecendo e ampliando as informações sobre cada profissão considerada.

 

 

E você, já refletiu sobre isso? Já sabe como esses critérios se relacionam com a sua identidade profissional e personalidade vocacional? Para saber mais sobre esse assunto, confira o conteúdo sobre como sua personalidade influencia suas escolhas profissionais.

Para compreender como estes critérios podem se alinhar com sua escolha de profissão ou com os novos passos em sua carreira, entre em contato com a gente!

 

Tarsia Paula Piovesan Farias

CRP-12/17900

 

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